Satélite da Airbus localizou 122 peças no mar que podem ser de Boeing.
As autoridades australianas informaram nesta quinta-feira (27) que suspenderam as buscas dos destroços do avião do voo MH-370, da Malaysian Airlines, desaparecido no Oceano Índico, por causa das condições meteorológicas.
“As operações tiveram que ser suspensas por causa do mau tempo. Todos os aviões estão voltando a Perth e os barcos deixaram a região de buscas”, informou a Autoridade Australiana de Segurança Marítima (AMSA).
Destroços
Novas imagens por satélite revelaram mais de 100 objetos no sul do Índico que podem ser destroços do voo MH-370 da Malaysian Airlines, desaparecido há 18 dias, enquanto aviões que vasculham essas gélidas águas na quarta-feira (26) também relataram a presença de possíveis partes do Boeing 777.
"Temos agora quatro diferentes pistas por satélites, da Austrália, China e França, mostrando possíveis destroços", disse o ministro interino de Transportes da Malásia, Hishammuddin Hussein, em entrevista coletiva. "É imperativo agora vincularmos os destroços com o MH-370."
Novas imagens capturadas na segunda-feira (24) por um satélite francês da empresa Airbus Defence & Space mostraram 122 possíveis objetos com 1 a 23 metros de comprimento em uma área de 400 km² de mar, segundo Hishammuddin.
O voo MH-370, de Kuala Lumpur a Pequim, sumiu dos radares civis menos de uma hora depois de decolar, e investigadores suspeitam que alguém teria desligado os sistema de localização e comunicação.
Mas radares militares detectaram que o avião fez uma curva para oeste e voltou a cruzar a península da Malásia, aparentemente sob controle de um piloto capacitado.
O vice-ministro malaio da Defesa, Abdul Rahim Bakri, disse ao Parlamento que nenhuma providência foi tomada quando o avião fez a curva porque se presumiu que ele havia recebido uma ordem para regressar a Kuala Lumpur.
Desde o fim da semana, as buscas se concentram num ponto remoto do oceano Índico, cerca de 2.500 km a sudoeste de Perth (no oeste da Austrália). As buscas nessa área foram suspensas na terça-feira por causa do mau tempo, mas na quarta-feira foram retomadas, envolvendo uma dúzia de aeronaves da Austrália, Estados Unidos, Nova Zelândia, China, Japão e Coreia do Sul.
Mas até o momento nenhum dos objetos foi recuperado, apesar da gigantesca mobilização internacional, com o envio de 12 aviões, entre eles sete militares, nesta quarta-feira após 24 horas de suspensão das buscas em razão do mau tempo.
Mas até o momento nenhum dos objetos foi recuperado, apesar da gigantesca mobilização internacional, com o envio de 12 aviões, entre eles sete militares, nesta quarta-feira após 24 horas de suspensão das buscas em razão do mau tempo.
Mobilização
A Airbus mobilizou cinco satélites para buscar os restos do avião. A Divisão de Defesa e Espaço da Airbus informou que são utilizados satélites militares de observação 'Pleiades 1A' e 'Pleiades 1B', do Ministério de Defesa da França; satélites de geo-observação 'Spot-5' e 'Spot-6', explorados comercialmente para oferecer imagens a empresas que solicitam; e o satélite radar 'TerraSAR-X'.
A Airbus mobilizou cinco satélites para buscar os restos do avião. A Divisão de Defesa e Espaço da Airbus informou que são utilizados satélites militares de observação 'Pleiades 1A' e 'Pleiades 1B', do Ministério de Defesa da França; satélites de geo-observação 'Spot-5' e 'Spot-6', explorados comercialmente para oferecer imagens a empresas que solicitam; e o satélite radar 'TerraSAR-X'.
Em declaração pública, a divisão explicou que os satélites foram programados para fazer imagens das regiões onde acredita-se que o Boeing 777 da Malaysia Airlines caiu, e que cobriram uma superfície de 3.099.850 km² no Índico.
Os resultados foram encaminhados para as autoridades da Malásia e da Austráliaatravés, respectivamente, da Malaysia Remote Sensing Agency (MMRSA) e a Australian Maritime Safety Authority (AMSA).
"Continuamos oferecendo toda a informação possível para ajudar às autoridades em busca do avião", disse o chefe de Comunicação, Inteligência e Segurança da Divisão de Defesa e Espaço da Airbus, Evert Dudok.
Dudok informou ainda que todos os seus especialistas no tema foram mobilizados
Sonda
Os Estados Unidos enviaram para Perth, o ponto terrestre australiano mais próximo de onde possivelmente o avião caiu, um sistema de rastreamento, uma sonda triangular de 35 kg ligada à extremidade de um cabo rebocado por um navio. Além do desafio de localizar as caixas-pretas, os sinais emitidos se limitam a 2 ou 3 km, advertem os especialistas.
Os Estados Unidos enviaram para Perth, o ponto terrestre australiano mais próximo de onde possivelmente o avião caiu, um sistema de rastreamento, uma sonda triangular de 35 kg ligada à extremidade de um cabo rebocado por um navio. Além do desafio de localizar as caixas-pretas, os sinais emitidos se limitam a 2 ou 3 km, advertem os especialistas.
Restam ainda duas semanas para tentar captar o sinal, que é emitido pelas caixas-pretas.
O fundo submarino nesta região é 'acidentado, coberto de falhas, pequenas ravinas e sulcos, com pouco sedimento para nivelar, porque é muito jovem' geologicamente, diz Robin Beaman da universidade australiana James Cook.
FONTE: G1
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