quinta-feira, 27 de março de 2014

Austrália suspende buscas por destroços de avião que caiu no Índico


Aviões e navios são mobilizados para recuperar possíveis destroços no mar.
Satélite da Airbus localizou 122 peças no mar que podem ser de Boeing.
Ministro da Defesa malaio mostra imagem de satélite onde estariam os destroços (Foto: AFP)
As autoridades australianas informaram nesta quinta-feira (27) que suspenderam as buscas dos destroços do avião do voo MH-370, da Malaysian Airlines, desaparecido no Oceano Índico, por causa das condições meteorológicas.
“As operações tiveram que ser suspensas por causa do mau tempo. Todos os aviões estão voltando a Perth e os barcos deixaram a região de buscas”, informou a Autoridade Australiana de Segurança Marítima (AMSA).
Destroços
Novas imagens por satélite revelaram mais de 100 objetos no sul do Índico que podem ser destroços do voo MH-370 da Malaysian Airlines, desaparecido há 18 dias, enquanto aviões que vasculham essas gélidas águas na quarta-feira (26) também relataram a presença de possíveis partes do Boeing 777.
"Temos agora quatro diferentes pistas por satélites, da Austrália, China e França, mostrando possíveis destroços", disse o ministro interino de Transportes da Malásia, Hishammuddin Hussein, em entrevista coletiva. "É imperativo agora vincularmos os destroços com o MH-370."
Novas imagens capturadas na segunda-feira (24) por um satélite francês da empresa Airbus Defence & Space mostraram 122 possíveis objetos com 1 a 23 metros de comprimento em uma área de 400 km² de mar, segundo Hishammuddin.
O voo MH-370, de Kuala Lumpur a Pequim, sumiu dos radares civis menos de uma hora depois de decolar, e investigadores suspeitam que alguém teria desligado os sistema de localização e comunicação.
vale este mapa malásia MH370 atualiza 24/3   (Foto: Arte G1)
Mas radares militares detectaram que o avião fez uma curva para oeste e voltou a cruzar a península da Malásia, aparentemente sob controle de um piloto capacitado.
O vice-ministro malaio da Defesa, Abdul Rahim Bakri, disse ao Parlamento que nenhuma providência foi tomada quando o avião fez a curva porque se presumiu que ele havia recebido uma ordem para regressar a Kuala Lumpur.
Desde o fim da semana, as buscas se concentram num ponto remoto do oceano Índico, cerca de 2.500 km a sudoeste de Perth (no oeste da Austrália). As buscas nessa área foram suspensas na terça-feira por causa do mau tempo, mas na quarta-feira foram retomadas, envolvendo uma dúzia de aeronaves da Austrália, Estados Unidos, Nova Zelândia, China, Japão e Coreia do Sul.

Mas até o momento nenhum dos objetos foi recuperado, apesar da gigantesca mobilização internacional, com o envio de 12 aviões, entre eles sete militares, nesta quarta-feira após 24 horas de suspensão das buscas em razão do mau tempo.
Mobilização
A Airbus mobilizou cinco satélites para buscar os restos do avião. A Divisão de Defesa e Espaço da Airbus informou que são utilizados satélites militares de observação 'Pleiades 1A' e 'Pleiades 1B', do Ministério de Defesa da França; satélites de geo-observação 'Spot-5' e 'Spot-6', explorados comercialmente para oferecer imagens a empresas que solicitam; e o satélite radar 'TerraSAR-X'.
Em declaração pública, a divisão explicou que os satélites foram programados para fazer imagens das regiões onde acredita-se que o Boeing 777 da Malaysia Airlines caiu, e que cobriram uma superfície de 3.099.850 km² no Índico.
25/3 - Imagem divulgada  por autoridades da Malásia mostra local onde foram detectados objetos do avião  (Foto: Malaysian Remote Sensing Agency/AP)
Os resultados foram encaminhados para as autoridades da Malásia e da Austráliaatravés, respectivamente, da Malaysia Remote Sensing Agency (MMRSA) e a Australian Maritime Safety Authority (AMSA).
"Continuamos oferecendo toda a informação possível para ajudar às autoridades em busca do avião", disse o chefe de Comunicação, Inteligência e Segurança da Divisão de Defesa e Espaço da Airbus, Evert Dudok.
Dudok informou ainda que todos os seus especialistas no tema foram mobilizados
Sonda
Os Estados Unidos enviaram para Perth, o ponto terrestre australiano mais próximo de onde possivelmente o avião caiu, um sistema de rastreamento, uma sonda triangular de 35 kg ligada à extremidade de um cabo rebocado por um navio. Além do desafio de localizar as caixas-pretas, os sinais emitidos se limitam a 2 ou 3 km, advertem os especialistas.
Restam ainda duas semanas para tentar captar o sinal, que é emitido pelas caixas-pretas.
O fundo submarino nesta região é 'acidentado, coberto de falhas, pequenas ravinas e sulcos, com pouco sedimento para nivelar, porque é muito jovem' geologicamente, diz Robin Beaman da universidade australiana James Cook.
FONTE: G1
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