quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Airbus regista patente de avião supersónico que faria Londres-Nova Iorque em uma hora


Airbus regista patente de avião supersónico que faria Londres-Nova Iorque em uma hora
Segundo os documentos do Departamento de Patentes dos EUA, onde o projecto foi registado, o jacto poderia atingir velocidades de até Mach 4,5, ou quatro vezes e meia a velocidade do som, que é de 340 metros por segundo. O Concorde chegava a uma velocidade de Mach 2.
Os documentos registados no escritório americano também falam num «veículo aéreo ultra-rápido e método relacionado de locomoção aérea».
Apelidado de Concorde 2.0, a aeronave tem o potencial de fazer trajectos como entre Londres e Nova Iorque (5,5 mil quilómetros) em cerca de uma hora.
Seguindo essa proporção, o trajecto entre Londres e São Paulo, de 9,5 mil quilómetros, também poderia ser realizado em cerca de duas horas, uma enorme economia em relação às actuais cerca de 12 horas.
Segundo os documentos da Airbus, a nova aeronave usaria vários tipos de motores para vários fins e a energia viria de hidrogénio armazenado a bordo do avião.
Turbinas de jacto sob a fuselagem e um motor de foguete na parte traseira são usados na descolagem. E a aeronave subiria na vertical, como um vaivém espacial.
Uma vez no ar, as turbinas seriam desligadas e recolhidas e o motor de foguete então iria dar o impulso para a aeronave subir a uma altitude de cerca de 30,5 quilómetros.
Depois, motores a jacto do tipo que geralmente se usam em mísseis seriam ligados e o voo alcançaria a velocidade de Mach 4,5.
O site PatentYogi, especialista em explicar ideias de patentes, afirma que a rota de voo desta aeronave seria algo como «a mais alta montanha-russa do mundo».
O avião teria assentos parecidos com redes para os passageiros, algo necessário para viajar com conforto a esta velocidade.
E os passageiros a bordo da aeronave não teriam que dividir a cabine com outras centenas de pessoas como ocorre actualmente nos aviões.
O pedido de patente da Airbus descreve a aeronave mais como um jacto particular com capacidade de levar apenas 20 passageiros por viagem.
No seu registro de patente a Airbus também sugere que a aeronave não seria usada apenas em voos comerciais, mas também teria uso militar.
O Concorde foi retirado de circulação pela Airbus em 2003 devido aos elevados custos de operação da aeronave.
Na década de 1970 o jacto supersónico suscitou queixas devido à poluição sonora e aos estrondos sónicos que causava com as suas quatro turbinas.
Como resultado, o Concorde foi proibido de sobrevoar a terra a alta velocidade e nunca conseguiu transformar-se numa opção financeiramente viável para a indústria. A aeronave só operava serviço de táxi aéreo para viagens transatlânticas de alta altitude destinada os passageiros mais ricos do mundo.
Vale lembrar que o pedido de patente para esta nova aeronave não trata da questão dos estrondos sónicos. Mas, em teoria, ao descolar quase na vertical, esse barulho dissipar-se-ia em todas as direcções e não chegaria ao chão.
Para os que estão ansiosos para agendar o voo, é preciso lembrar que muitos pedidos de patentes não são transformadas em produtos reais, apesar de a tecnologia descrita no projecto poder chegar a alguns produtos da Airbus.
FONTE: diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=785227
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